O
dia internacional do índio foi instituído pela ONU (Organização das Nações
Unidas) no ano de 1995, através de decreto que indicou o dia 09 de agosto para
a referida data.
As reuniões
iniciaram-se em Genebra, onde grupos indígenas se reuniam buscando garantir
suas condições de vida, seus direitos humanos, que eram marginalizados. O
movimento causou atitude de reflexão sobre tais condições subumanas que os
mesmos viviam, além do direito a terra e ao resgate de sua cultura. Outros
pontos importantes discutidos no evento foram: os impactos sofridos pelos
aborígines; a promoção da manutenção de sua cultura pelo mundo, patrimônio
cultural e histórico que deve ser preservado por suas riquezas, por sua
sabedoria milenar, por suas contribuições para a diversidade das civilizações,
tendo se tornado riquezas da humanidade.
Com o passar dos
anos, através da reunião, foi instituída a Declaração das Nações
Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas.
A Comissão dos
Direitos Humanos também atuou no projeto, a fim de garantir tais direitos.
Porém, a iniciativa
ainda é pequena diante de tantos anos de extorsão, discriminação, preconceito e
descaso a que a etnia indígena sofreu e suporta até os dias de hoje, mesmo
estando protegidos pelo documento, que aparece em quarenta e seis artigos que
abordam sobre seus direitos e dignidade.
O Brasil também
participou do movimento, pois líderes indígenas se envolveram com os
debates, impondo suas necessidades, exigindo o respeito às suas culturas, às
distintas línguas, à preservação de seus costumes, da sua forma de ver o mundo.
Porém, as primeiras manifestações no Brasil surgiram a partir de um grupo de
futebol indígena, o União das Nações Indígenas, mostrando que já estavam
politizados.
Cansados de ter sua
cultura dominada pela cultura do homem branco, o Gerente do Memorial dos Povos
Indígenas e membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Cátedra Indígena
Internacional, Marcos Terena, deixa seu recado sobre o assunto: “situações de
dominação devem despertar nossa revolta e nossa indignação e mais do que nunca
nós, como parte do movimento indígena, devemos relembrar as conquistas
indígenas e, a cada 09 de Agosto, jamais permitir que o homem branco continue
falando por nós, tomando nossas ideias e mantendo uma postura de "grande
pai". Esse tempo já acabou, mas compete a nós indígenas, fomentar,
divulgar e fiscalizar essas ações racistas e preconceituosas.”
Não importa a região
em que se encontram, o país, o estado ou a cidade, nem tampouco as tribos às
quais pertencem. Os índios merecem respeito e dignidade.
Sabe-se que assim como
outras etnias, devem ser considerados em seus valores, em seus costumes, em
seus saberes e cultura. Diante disso, protegê-los contra a dominação de homens
de outras progênies, contra a destruição dos seus meios naturais de
sobrevivência, contra a falta de política que garantam sua educação, saúde e
bem-estar é uma obrigação de todos, segundo a última Constituição do Brasil.Cumpra-se!
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