Foram
realizadas em todo o Brasil neste domingo, 04 de outubro, as primeiras eleições
unificadas para conselheiro tutelar.
Em
Viçosa, através do voto facultativo dos eleitores foram eleitos os 05 conselheiros
tutelares que irão defender os direitos da criança e do adolescente a partir de
10 de janeiro de 2016. O eleitor só podia votar num candidato que disputava as
cinco vagas no Conselho Tutelar da cidade. Além dos mais votados, os cinco
subsequentes com maior número de votos, serão declarados suplentes. Esses
profissionais terão uma missão ampla de zelar pelos direitos de crianças e
adolescentes, atuando tanto em situações de direitos ameaçados ou violados,
como na fiscalização de entidades que trabalham com a infância.
O
Conselho Tutelar tem de funcionar como uma ponte que liga a população aos
órgãos públicos. Ser conselheiro tutelar é uma função de cobrança pelo bom
atendimento a crianças e adolescentes, seja das famílias ou das instituições
públicas e privadas, disse a Gestora da SEMTHAS, Dalva Vieira.
Dar
mais visibilidade aos conselheiros foi um dos motivos da aprovação da lei que
incluiu no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) uma data unificada
"em todo o território nacional" para a eleição deles, em 2012. O
processo deve ocorrer a cada quatro anos, no primeiro domingo de outubro do ano
posterior ao da eleição presidencial.
Antes
da lei, cada município realizava sua eleição em datas diferentes, que às vezes
esbarravam nos pleitos políticos. Com isso, a escolha dos defensores da
infância ficava em segundo plano, sem a atenção merecida. Acredita-se que a
medida pode ampliar a divulgação das eleições e a participação popular na hora
do voto, o que fortalecerá os conselhos. Outra mudança é que, a partir das
eleições unificadas, os conselheiros passarão a ter mandato de quatro anos, com
chance de uma reeleição. Antes, eram apenas três anos de trabalho, o que
dificultava a realização de cursos estaduais ou nacionais. Isso vai permitir
uma formação continuada dos conselheiros em todo o país.
Antes
tinham cursos em que alguns estavam entrando e outros saindo, por causa dos
calendários municipais. Para quem estava em final de mandato, acabava sendo
dinheiro público jogado fora, explicou a
presidente da Comissão Eleitoral, Gledcia Juciéle.
As
eleições são responsabilidade de cada Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e devem ser fiscalizadas pelo Ministério Público. Todos os eleitos
tomarão posse no dia 10 de janeiro.
Conforme
o ECA, que completou 25 anos em julho, cada município deve ter pelo menos um
conselho tutelar, composto por cinco conselheiros eleitos por voto popular.
Para grandes cidades, a orientação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança
e do Adolescente (CONANDA) é de pelo menos um conselho para cada 100 mil
habitantes.
No
Brasil, existem 5.956 conselhos tutelares em 99,89% dos municípios, que
elegeram neste domingo pelo menos 29.780 conselheiros.
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