segunda-feira, 1 de abril de 2013

Apenas um em cada quatro brasileiros é plenamente alfabetizado


Nos últimos tempos, o acesso à Educação cresceu, mas, a despeito dessa boa notícia, a qualidade do ensino não melhorou. Há uma década, a porcentagem de cidadãos considerados plenamente alfabetizados permanece inalterada: 26%, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), realizado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, em São Paulo.
O levantamento avalia, por meio de uma prova, as habilidades de leitura, escrita e Matemática da população entre 15 e 64 anos. A classificação prevê quatro níveis: analfabetismo, alfabetismo rudimentar, básico e pleno. Os resultados divulgados em 2012 também revelam boas (embora discretas) notícias, como a queda de 39% para 27% do número de analfabetos funcionais – categoria que reúne os níveis analfabeto e alfabetismo rudimentar.
Ao analisar a fundo esses dois cenários – a estagnação de uma categoria e o decréscimo de outra -, é possível afirmar que estamos fazendo a lição de casa pela metade. “Com a ampliação do acesso à escola, damos às pessoas a possibilidade de sair da condição de analfabetismo e chegar ao nível básico, mas não garantimos os meios para que elas atinjam o patamar pleno de alfabetização. Só a qualidade do ensino pode impulsionar esse salto”, diz Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro.


A previsão para o futuro não é animadora. Os resultados do Inaf indicam que, se continuarmos com as atuais políticas públicas de Educação, não vamos avançar: não poderemos contar com o boom nas matrículas de anos atrás, que ajudou a mudar os dados.
Para erradicar o analfabetismo absoluto nos próximos dez anos, reduzir pela metade o número de analfabetos funcionais (como prevê o Plano Nacional de Educação – PNE, ainda em tramitação no Congresso Nacional) e garantir que mais gente alcance o nível pleno, é preciso melhorar a qualidade do ensino regular e dar atenção à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa modalidade é a chance para quem não pode estudar e segue puxando o Inaf para baixo.
Uma década sem alfabetizar de verdade. O número de analfabetos funcionais caiu e o de alfabetizados básicos subiu, mas a porcentagem de pessoas plenamente alfabetizadas não mudou.
Entenda os níveis utilizados pelo Inaf
AnalfabetismoInclui quem não realiza tarefas simples, como a leitura de palavras e frases, ainda que leia números familiares, como os de telefone e preços

Alfabetismo Rudimentar
Diz respeito a quem localiza informações explícitas em textos curtos, lê e escreve números e sabe usar o dinheiro para pequenos pagamentos

Alfabetismo BásicoReúne os que leem e compreendem textos de média extensão e números na casa dos milhões e resolvem problemas com operações simples

Alfabetismo PlenoAgrupa quem interpreta textos, compara e avalia informações, distingue fato de opinião e resolve problemas com porcentuais e cálculos de área

Fonte: Revista Nova Escola

2 comentários:

  1. “Da atual leva de imigrantes qualificados, a maior parte chega para preencher uma lacuna com que as empresas se deparam no Brasil: a falta de profissionais habilitados para fazer o que elas precisam”.
    "A chegada de pessoas aptas a ocupar postos de trabalho que estão vagos por falta de brasileiros qualificados é de grande utilidade e representa uma economia para o Brasil, já que os investimentos para a preparação desses profissionais já foram feitos em seu país de origem".

    https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/4/22/brasil-para-todos

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  2. A siderúrgica que está sendo erguida no Pecém irá abrigar mais de 3 mil coreanos. Os trabalhadores da Coréia fazem de tudo, ocupam todos os cargos. Também têm brasileiros em número reduzido. Todos trabalham para a companhia Siderúrgica do Pecém, um consórcio liderado por Coreanos que vão produzir chapa de aço.

    http://blogs.diariodonordeste.com.br/robertomoreira/serao-mais-de-3-mil-coreanos-ate-o-final-do-ano-no-pecem/

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